TOQUE DE PRIMA

• E a fase do Adriano está ruim mesmo. Eleito pior da Itália, Flamengo quase rebaixado, "amigos" expulsos da Vila Cruzeiro...
• Falando em fase ruim, O Jóbson pode estar indo para o Atlético-MG. Embora nos últimos dias, ele já "estava acertado" com, pelo menos, uns cinco times diferentes. Mas enfim, se o Dorival Júnior teve problemas com Neymar e Ganso, vai conseguir dar conta do Jóbson?
• Terminam os campeonatos, começa a época de transferências e também começam as especulações sem sentido. Tipo, Ronaldinho no Palmeiras, Aimar no Grêmio, Tevez no Corinthians... daqui a pouco o Vieri aparece no Boavista novamente.
• E a oficialização dos títulos nacionais de 1959 a 1970 deve sair mesmo. Mas já tem outra discussão sobre isso, é o fato do Palmeiras ter ganho dois brasileiros em um mesmo ano. O clube ganhou a Taça Brasil e a Taça de Prata, os dois em 1967, e quer reconhecimento de ambos os títulos. Uns dizem que deve ser considerado um título só, outros não, enfim, vem mais confusão por aí.
• Enfim, não vejo nenhum problema nisso, o Flamengo se diz o maior vencedor do Cariocão contando dois títulos em 1979. Por que o Palmeiras não poder ter dois em 1967?

Adriano: solução ou problema?

Adriano venceu novamente o Bidone d'Oro. Para quem não sabe, esta é uma enquete feita na Itália para escolher o pior jogador do Campeonato Italiano. O Imperador leva o "prêmio" pela terceira vez. Já havia ganho em 2006 e 2007.

A fase do Adriano é muito ruim. Jogou apenas três das dezesseis partidas que o Roma disputou na Série A nesta temporada. E olha que a concorrência nem é tão forte assim, pois quem é normalmente titular na posição é o fraco Borriello.

Mas estranhamente ele vem sendo tratado como solução para clubes brasileiros, como Corinthians e Flamengo. De forma curiosa, é o mesmo Flamengo que ele deixou no meio do ano para voltar para a Itália. A mesma Itália que ele abandonou ano passado, por estar com saudade do Brasil. Qual é a garantia que ele não sairá do seu novo clube no primeiro sinal de insatisfação?

Muitos podem lembrar o quanto ele foi importante no Flamengo campeão brasileiro no ano passado. Realmente foi. É inegável, que quando em boas condições, o Adriano é um grande jogador. Porém, também não podemos esquecer o pouco que ele produziu no início deste ano, quando os problemas fora do campo começaram a aparecer. Tudo o que acontece fora das quatro linhas, reflete drásticamente dentro, principalmente com ele.

 

Enfim, com todos esses problemas, você ainda gostaria de ter o Adriano em seu time?

TOQUE DE PRIMA

A partir desta, as rapidinhas da coluna TOQUE DE PRIMA serão postadas todas as segundas-feiras.

• Segundo a coluna "Panorama Esportivo", do jornal O Globo, a CBF poderá reconhecer os títulos das competições nacionais disputas de 1959 à 1970. Assim o Fluminense seria oficialmente tricampeão (1970-1984-2010) .
• Se a CBF realmente validar todos estes campeonatos, o Santos  será o maior vencedor da competição, com oito títulos, seguido pelo Palmeiras com sete. Além deles, Cruzeiro, Bahia e Botafogo também teriam mais um título brasileiro para incluir na sua galeria.
• E a famigerada Taça das Bolinhas? Deveriam ter entregue uma para o Santos em 1965!
• Os espanhóis Xavi e Iniesta, junto com o argentino Messi são os finalistas da Bola de Ouro 2010, prêmio dado pela Fifa ao melhor jogador do mundo neste ano. Curiosamente, os três jogam no Barcelona, o que, dias após a histórica goleada sobre o rival Real Madrid, ajuda a reforçar a corrente que diz que o clube catalão é atualmente o melhor do mundo.
• Achei que  faltou o holandês Sneijder nesta final. Ele não merece ganhar, mas merece pelo menos a consolação de ficar entre os três melhores, afinal foi muito bem na Inter campeã da Liga dos Campeões, além de ser o destaque da Holanda vice-campeã mundial.
• E quem deverá vencer? Acho que se fosse possível a Fifa dividiria a bola no meio, e daria uma metade para Xavi e outra para Iniesta. Dois grandes jogadores, mas sem muito destaque individual, dependendo do coletivo para mostrar o seu melhor futebol. Cá entre nós, numa Copa do Mundo muito fraca tecnicamente foi o melhor que deu para arranjar. 
• Indo para uma premiação mais, digamos, modesta. Bruno César, Darío Conca e Dedé concorrem ao Prêmio de Craque da Galera, dado pelo site "globoesporte.com", cujo resultado sairá hoje. Qualquer resultado que não seja uma vitória do argentino é brincadeira.

O Brasil é Tricolor

Foto: lancenet.com.br

Após 26 anos, o Fluminense volta a conquistar o Campeonato Brasileiro. E foi sofrido, só decidido na última rodada. O adversário foi um surpreendente Guarani, que determinado fez valer ainda mais a conquista, apesar do maior adversário do Tricolor ter sido sua própria ansiedade. Nasceu um novo herói, Emerson, o autor do gol do título, que após o jogo disse, com muita propriedade, que daqui a trinta, quarenta anos, o seu gol seria lembrado. Contudo, o grande responsável pela conquista, não responde por um único nome. A conquista do Fluminense foi galgada através de um grupo forte e unido pelo trabalho de um grande treinador.

O time que liderou mais da metade da competição é aplicado na parte tática, possui uma defesa sólida, um pequeno grande maestro no meio campo e acima de tudo, como sua bela torcida gosta de cantar, é um time de guerreiros. Guerreiros que contam com um grande general. Muricy Ramalho fez um trabalho maravilhoso, pois o time, em boa parte da competição, não teve seus grandes nomes, como Fred, Deco e Emerson, porém seu técnico sempre soube como armar o time, promovendo as mudanças e sempre mantendo a combatividade e a disciplina tática. O único jogador que o técnico pode contar durante todo o campeonato atendo por Dario Conca. Mas esse merece um parágrafo à parte.

Dario Conca. Pequeno em estatura, mas grande em talento. Foi o grande destaque do Fluminense durante toda a competição, participou de todos os jogos, chamou a responsabilidade nas horas difíceis, foi o rei das assistências e com nove gols, foi o artilheiro do time no campeonato (Washington fez dez, porém dois foram enquanto jogava pelo São Paulo). A torcida prontamente reconheceu, seu nome passou a ser o mais cantado nos estádios e até a imprensa brasileira se rendeu ao talento argentino. Esses seriam motivos mais que suficientes para ele ficar "mascarado", como já vimos tantas vezes no futebol, mas Conca ainda conserva mais um talento, a humildade. Com pouco marketing pessoal, o tímido meio-campo conseguiu o reconhecimento somente pelo seu futebol, como tudo deve ser. Nesta segunda, provavelmente receberá o prêmio de Craque do Brasileirão, e se assim for, será com toda a justiça.

Parabéns ao Fluminense do Muricy, do Conca e de toda sua torcida, que fez uma festa belíssima, e sob a chuva que cai neste final de domingo no Rio de Janeiro, está se sentindo de alma lavada.