segunda-feira, 12 de julho de 2010

Toque de Prima

  • E a fase negra da Itália já está chegando ao Brasil. Na despedida do Estádio Palestra Itália, que será demolido para dar lugar a uma moderna Arena, o Palmeiras decidiu fazer uma festa e a cereja do bolo foi uma amistoso contra o Boca Juniors. E o que tem de ruim nisso? O jogo terminou 2 a 0 para o Boca.
  • Fato curioso. Com a derrota holandesa na final, a Nova Zelândia (ao lado do polvo Paul) foi a única seleção que terminou a Copa do Mundo invicta.
  • Diego Forlán levou o prêmio de melhor jogador da Copa do Mundo. Numa competição com poucos destaques individuais, o uruguaio sobrou. Premiação justíssima.
  • Falando nisso, o resultado final dessa Copa foi justo: As três seleções que apresentaram o melhor futebol, terminaram nas três primeiras posições; A melhor seleção do mundo foi a justa campeã; Müller foi eleito a revelação da Copa do Mundo e Casillas o melhor goleiro.
  • E falando em Casillas, ele é a imagem de um homem feliz. Joga no time que torce e é campeão de quase tudo por ele. É convocado para a seleção, é titular, disputa Copa do Mundo, vira capitão, levanta o troféu de campeão e ainda comemora beijando a linda namorada. Se melhorar, estraga.
  • Ainda sobre a campeã Espanha, todos viram a camisa que Iniesta mostrou quando marcou o gol do título. "Dani Jarque siempre con nosotros". A homenagem foi ao falecido Dani Jarque, capitão do Espanyol, que faleceu ano passado, aos 26 anos, vítima de um ataque cardíaco.
  • Final de Copa, o Brasil não ganhou nada. Mas como bem diria um ébrio apresentador: O Brasil é logo ali!

Espanha Campeã Mundial




Campeones! Essa é a manchete de todos os jornais espanhóis nesta segunda-feira. Depois de várias decepções, o povo espanhol, fanático por futebol, pode enfim, comemorar um título mundial de sua seleção. Foi difícil, suado, decidido somente na prorrogação, mas isso somente aumentou o valor dessa conquista. Hoje, os espanhóis podem dizer, com orgulho, que possuem a melhor equipe de futebol do mundo.

A partida decisiva foi nervosa, conforme já era esperado. O que foi surpreendente foi a forma violenta com que os holandeses se apresentaram. A arbitragem do inglês Howard Webb, que conversava demais com os jogadores, acabou colaborando com a violência holandesa. O pior momento foi chute que De Jong acertou em Xabi Alonso. No lance o árbitro apenas deu cartão amarelo para o holandês. Esta foi a final com o maior número de cartões em todas as edições da Copa do Mundo.

No que diz respeito a futebol e não artes marciais, a Espanha se portou em campo exatamente como fez durante toda a Copa. Tomando a iniciativa e tocando muito a bola, utilizando seus talentosos meio-campistas, principalmente Xavi e Iniesta, além de marcar a saída de bola adversária. A Holanda ficou mais recuada, procurando sair rápido no contra-ataque. Sneijder, muito bem marcado praticamente não apareceu na partida, porém quando apareceu, mostrou que é diferenciado dando um passe magistral para Robben, que de frente para o gol chutou para grande defesa de Casillas. Robben ainda teria outra grande chance de abrir o placar, mas novamente pararia nas mãos do excelente Casillas.

A Fúria apesar de dominar o meio campo criava pouco. Suas melhores chances saíram ou de bola parada, como na cabeçada perigosa de Sérgio Ramos ou na falha da defesa holandesa, como no lance do zagueiro Heitinga, que furou, mas conseguiu se redimir para evitar o gol de Villa.

Com isto o jogo foi a prorrogação, onde a seleção espanhola continuou melhor, pressionando o adversário que não conseguia sair do seu campo de defesa.  Com a expulsão de Heitinga, a Holanda se fechou de vez. Mas aos 11 minutos do segundo tempo da prorrogação veio o momento histórico. Fábregas, que havia entrada no final da segunda etapa e posto fogo no jogo, achou Iniesta na área, o jovem jogador do Barcelona chutou firme, no canto direito de Stekelenburg. No momento em que escrevia a história, Iniesta ainda se lembrou de homenagear Dani Jarque, ex-capitão do Espanyol de Barcelona, que faleceu no ano passado, com 26 anos.

A Holanda não tinha mais forças para reagir e a Espanha se tornou o oitavo país no seleto grupo de campeões mundiais de futebol. Com toda justiça.